



EDIFÍCIO EPC
O projeto do Espaço Político-Cultural tem como essência a interação — entre pessoas, ideias, tempos e territórios. Inspirado na forma e simbologia da ampulheta, o edifício traduz essa metáfora em sua organização espacial: um corpo fluido que conecta extremos por meio de um centro estratégico.
As duas “âmbulas” da ampulheta se revelam nos espaços de livre acesso: a praça pública no térreo, que convida à permanência e ao encontro, e o terraço superior, pensado como um mirante democrático e ativador da paisagem urbana. No ponto de afunilamento — o “gargalo” da ampulheta — estão concentradas as funções mais específicas, como salas de estudo, biblioteca e setor administrativo, organizadas de forma compacta, porém permeáveis.
A circulação, assim como a areia da ampulheta, flui entre os extremos, conectando os usos e garantindo continuidade nos percursos e trocas sociais. A fachada, tratada como uma membrana envolvente, abraça o volume com leveza e estratégia: controla a entrada de luz, promove conforto térmico e diferencia o edifício na paisagem urbana, tornando-se um símbolo da sua função integradora.
2017
entre a arquitetura e o design
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